Simuladores de Direção: a era digital nas mãos
Fonte: TRC News
FENATRAN
Veículos leves ou pesados com tecnologia de ponta e conectividade multimídia. Caminhões e carretas que mais parecem naves, alguns dos mais velozes do mundo. O que foi visto no Salão Internacional do Transporte – FENATRAN 2019 mostra a evolução dos veículos e a necessidade de conhecimento para garantir a direção segura.
Não à toa, a inovação atraiu também uma multidão de condutores em busca dos simuladores de direção. Várias marcas apostaram neles e filas de pessoas, entre os mais de 60 mil visitantes da feira, entraram em máquinas interativas híbridas que usam a telemetria em uma experiência 3D e reproduzem situações adversas da vida real, como diferentes condições de visibilidade e pavimento, curvas, travessias de pedestres, tráfego intenso ou perigoso e experiências off-road. A ferramenta pode movimentar a cabine dependendo da topografia e simular tombamentos em acidentes colocando em teste os equipamentos de proteção.
Urubatan Helou, vice-presidente da NTC&Logística lembra quando pesquisou os primeiros simuladores de direção fora do país para melhorar o desempenho dos motoristas na sua empresa. “O simulador com a telemetria é a combinação perfeita para evitar acidentes. A telemetria recebe e emite informações capazes de identificar falhas na condução do motorista e monitora o desempenho, explica.
O SEST/SENAT levou um dos seus atuais 112 simuladores de treinamento para o estande conjunto da CNT e NTC&Logística na FENATRAN deste ano. O viajante se senta na era digital e percorre paisagens preparadas a partir de gráficos computadorizados capazes de identificar qualquer falha. “As pessoas saem boquiabertas porque pensam que são excelentes motoristas, mas o sistema mostra quando mudam de faixa sem sinalizar com antecedência, excedem a velocidade limite, desrespeitam a sinalização”, conta Márcio Simões, instrutor da unidade SEST SENAT de Guarulhos em São Paulo.
Quando o motorista está operando, são criadas adversidades como uma chuva, para saber se vai ligar o para-brisa ou as lanternas à noite. Objeções como animais na pista e ciclistas na via testam o tempo de reação. O simulador tenta transmitir a sensação de embriaguez que resulta em colisões. A opção cansaço mostra os efeitos da falta de sono. “Na teoria, os cursos do SEST/SENAT trabalham bastante os efeitos psicoativos. O uso de drogas e álcool são abordados nos treinamentos”, explica Márcio Simões.
Há uma variedade de veículos para atender a necessidade do condutor. A tecnologia avançada permite programar o simulador para caminhões, carretas, ônibus convencionais ou articulados, para um trem ou bitrem.
Os resultados são visíveis em números: 89,6 pessoas capacitadas em simuladores no SEST/SENAT dizem que passaram a praticar uma direção mais eficiente; 76,3 ficaram mais atentas; e 52% reduziram o uso de combustível em seus veículos.
Ladair Pedro Michelon, responsável pela introdução no Brasil do bitrenzão de 9 eixos, também conhecido como Bitrem Michelon brasileiro, comenta os novos tempos e a importância dos simuladores. “É preciso ensinar os caminhoneiros a usar a tecnologia a favor da segurança”.
Para saber mais acesse https://www.sestsenat.org.br/simulador-direcao